terça-feira, 7 de abril de 2015

QUAL A ORIGEM E A NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO?







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 QUAL A ORIGEM E A NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO?

Podemos agora compreender o nosso universo. (...) Aqui, o espírito eterno e perfeito se precipitou na matéria caduca e imperfeita. (...) Aqui, a existência eterna se despedaçou no ciclo em que gravitam como duas metades os dois opostos vida-morte, encerrados no tempo. A felicidade naufragou na dor, o espírito infinito se enclausurou no limite do finito.(Pietro Ubaldi – DEUS E UNIVERSO – Solução Última do Problema do Ser - Cap. VIII – Pág. 87 – 2 Ed.)

A queda foi no estado de matéria, e o ser deve ressurgir dela, através dela, carregando-a consigo como seu corpo. A carga só poderá aliviar-se pela sua purificação e rees­piritualização, operada pela dor. Decaído na matéria, ele deve reer­guer esta parte decaída de si mesmo, reconduzindo-a, com o pró­prio esforço, ao primitivo estado de pureza e perfeição espiritual. (Pietro Ubaldi – DEUS E UNIVERSO – Confirmações em nosso mundo - Cap. IX – Pág. 103 – 2 Ed.)

“A encarnação é uma necessidade para o Espírito no estado de formação, é indispensável ao seu progresso, ao seu desenvolvimento como meio de lhe proporcionar e ampliar progressivamente a consciência de ser o que ele não logrará senão pelo contacto com a matéria. É a união desses dois princípios que dá lugar ao desenvolvimento intelectual. A encarnação é uma necessidade até o momento em que alcançando um certo ponto de desenvolvimento intelectual, o Espírito está  apto a receber o precioso dom, mas tão perigoso, do livre-arbítrio.” (J.B.Roustaing - OS 4 EVANGELHOS – Tomo 1 – pág. 321 – 3º/4º §§)

  COMO SE DERAM AS 1ªS MATERIALIZAÇÕES/ENCARNAÇÕES DOS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS/ESPÍRITOS ?

“O Princípio Espiritual, crisálida da consciência, nasce, por transformação, de extrema evolução da energia, no berço da matéria.” (UNIVERSO E VIDA – Áureo – HT Sant’anna – Cap. Átrios da Protoconsciência – Pág. 39).

“O Princípio Espiritual é o gérmen do Espírito, a protoconsciência [...] Filho de Deus Altíssimo, inicia então a sua lenta evolução, no espaço e no tempo, rumo ao principado celeste, a infinita grandeza crística. Durante milênios vai residir nos cristais, em longuíssimo processo de auto-fixação, ensaiando aos poucos os primeiros movimentos internos de organização e crescimento volumétrico, até que surja, no grande relógio da existência, o instante sublime em que será liberado para a glória orgânica da vida.” (UNIVERSO E VIDA – Áureo – HT Sant’Anna – Cap. Átrios da Protoconsciência – Pág. 42).

“A essência espiritual sofre, no reino mineral, sucessivas materializações... Dizemos – materializações – por não podermos dizer encarnações para estrear-se como ser.” (J.B.ROUSTAING – Os 4 Evangelhos – Livro 1 – Pág. 292 – 7 ed. FEB).

“...Vestindo-se de matéria densa no plano físico e desnudando-se dela no fenômeno da morte, para revestir-se de matéria sutil no plano extra físico e renascer de novo na Crosta da Terra, em inumeráveis estações de aprendizado, é que o princípio espiritual incorporou todos os cabedais da inteligência que lhe brilhariam no cérebro do futuro, pelas chamadas atividades reflexas do inconsciente. (...) Se, no círculo humano, a inteligência é seguida pela razão e a razão pela responsabilidade, nas linhas da Civilização, sob os signos da cultura, observamos que, na retaguarda do transformismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade refletida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico.(...) O tato nasceu no princípio inteligente, na sua passagem pelas células nucleares em seus impulsos ameboídes; que a visão principiou pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão solar, que o olfato começou nos animais aquáticos de expressão mais simples, por excitações do ambiente em que evolviam; que o gosto surgiu nas plantas, muitas delas armadas de pêlos viscosos destilando sucos digestivos, e que as primeiras sensações do sexo apareceram com algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas uma para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos definir como região secundária de simpatias genésicas.”
“Examinando, pois, o fenômeno da reflexão sistemática, gerando o automatismo que assinala a inteligência de todas as ações espontâneas do corpo espiritual, reconhecemos sem dificuldade que a marcha do princípio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência humana para o reino angélico simbolizam a expansão multimilenar da criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer, com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.” .(F.C.Xavier – Esp. André Luiz – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Automatismo e Corpo Espiritual - Cap. IV – Pág. 39-41 – 8 ed. – FEB)

De inteira coerência com os ensinamentos de "O Livro dos Espíritos", com as idéias de Allan Kardec, com os esclarecimentos de Sua Voz e com as lições de André Luiz, é o que dizem J.-B. Roustaing e os Autores Espirituais de "Os Quatro Evangelhos", quando comentam os textos evangélicos de Mateus (Cap. I: v. 1-17) e de Lucas (Cap. III v. 23-38):

- "Sempre em estado de formação, pois que não possui ainda livre-arbítrio, inteligência independente capaz de raciocínio, consciência de suas faculdades e de seus atos, o Espírito, sem sair do reino animal, seguindo sempre uma marcha progressiva contínua e de acordo com os progressos realizados e com a necessidade dos progressos a realizar, passa por todas as fases de existência, sucessivas e necessárias ao seu desenvolvimento e por meio das quais chega às formas e espécies intermediárias, que participam do animal e do homem. Passa depois por essas espécies intermediárias, que, pouco a pouco, insensivelmente, o aproximam cada vez mais do reino humano, porquanto, se é certo que o Espírito sustenta a matéria, não menos certo é que a matéria lhe auxilia o desenvolvimento. Depois de haver passado por todas as transfigurações da matéria, por todas as fases de desenvolvimento para atingir um certo grau de inteligência, o Espírito chega ao ponto de preparação para o estado espiritual consciente, chega a esse momento que os vossos sábios, tão pouco sabedores dos mistérios da natureza, não logram definir, momento em que cessa o instinto e começa o pensamento.
(...) Tudo, repetimos, tem uma origem comum: tudo vem do infinitamente pequeno para o infinitamente grande, para Deus, ponto de partida e de reunião. Tudo provém de Deus e volta a Deus. Observai como tudo se encadeia na imensa Natureza que o Senhor vos faz descortinar. Observai como em todos os reinos há espécies intermediárias, que ligam entre si todas as espécies, uma participando do mineral e do vegetal, da pedra e da planta; outras do vegetal e do animal, da planta e do animal; outras, enfim, do animal e do homem. São elos preciosos que tudo ligam, que tudo mantêm e pelos quais atravessa o Espírito no estado de formação. Passando sucessivamente por todos os reinos e por aquelas espécies intermediárias, o Espírito, mediante um desenvolvimento gradual e contínuo, ascende da condição de essência espiritual originária à de Espírito formado, à vida consciente, livre e responsável, à condição de homem.
(...) Tempo longo, cuja duração sois incapazes de calcular, demanda a essência espiritual no estado de inteligência relativa, no estado de animal, para adquirir, nesse reino, o desenvolvimento que lhe permita passar ao estado intermediário, que lhe permita, em seguida, atravessar as espécies que participam do animal e do homem. Depois de haver passado por todas essas espécies intermédias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não sois igualmente capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma transformação completa, sai o Espírito formado, com inteligência independente, livre e responsável.
(...) Tudo, tudo, na grande unidade da Criação, nasce, existe, vive, funciona, morre e renasce para harmonia do Universo, sob a ação espírita universal que, à sua vez, se exerce, pela vontade de Deus e segundo as leis naturais e imutáveis que ele estabeleceu desde toda eternidade, mediante as aplicações e apropriações dessas leis.
(...) Sim, vós, nós, todos, todos, exceto aquele que foi e será desde e por toda a eternidade, todos fomos, na nossa origem, essência espiritual, princípio de inteligência, Espírito em estado de formação; todos hemos passado por essas metamorfoses, por essas transfigurações e transformações da matéria, para chegarmos a condição de Espírito formado, de inteligência independente, capaz de raciocínio, com a consciência da sua vontade, das suas faculdades e de seus atos, por efeito do livre-arbítrio; à condição de criatura independente, livre e responsável."

A essa altura, os esclarecimentos dos Espíritos Reveladores, que falam na obra de Roustaing, são de magna importância: -"Depois de haver passado pela matéria animal, chegando a um certo grau de desenvolvimento, o Espírito, antes de entrar na vida espiritual, precisa permanecer num estado misto. Eis por que e como se opera essa estagnação, sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos. Para entrar na vida ativa, consciente, independente e livre, o Espírito tem necessidade de se libertar inteiramente do contacto forçado em que esteve com a carne, de esquecer as suas relações com a matéria, de se depurar dessas relações. É nesse momento que se prepara a transformação do instinto em inteligência consciente.
(...) Toma a principio uma forma indistinta, depois se aperfeiçoa gradualmente como o gérmen no seio materno e passa por todas as fases do desenvolvimento. Quando o invólucro está pronto para conte-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração. Nesse ponto, o perispírito é completamente fluídico, mesmo para nós. Tão pálida é a chama que ele encerra, a essência espiritual da vida, que os nossos sentidos, embora sutilíssimo, dificilmente a distinguem. Esse o estado de infância espiritual."


Reconhecemos aqui a necessidade da prestação de alguns esclarecimentos que clarifiquem o texto transcrito. Existem na Espiritualidade grandes instituições, extremamente especializa das, em verdadeiras cidades espirituais, para onde são encaminhadas as mônadas, ou princípios espirituais, que, tendo atingido o máximo grau evolutivo suscetível de ser obtido nos reinos inferiores da Natureza, fazem jus ao ingresso no reino das inteligências conscientes. Trata-se de portentosas organizações, sem qualquer similar entre as organizações terrestres, exclusivamente dedicadas às operações de eclosão da luz da consciência, da auto-identidade, da razão, do livre-arbítrio. Nos seus indescritíveis complexos funcionam serviços de extrema delicadeza (...) dotadas de (...) tratamentos eletromagnéticos que ultrapassam o estágio atual da compreensão dos homens encarnados. Esses complicados tratamentos visam a fazer eclodir o Eu consciente nos seres fronteiriços já maduros para a conquista dos dons do raciocínio propriamente dito, ou seja, do pensamento continuo. Essas operações, de inaudita responsabilidade, são levadas a efeito através de técnicas requintadíssimas (...) Operadores de altíssima qualificação agem, nessas organizações, como verdadeiros parteiros de consciência, sob a direta supervisão de Grandes Gênios do Mundo Maior, que os assistem em nome do Pai Criador. (UNIVERSO E VIDA – Áureo – HT Sant’Anna – ___________________ – Pág. __).

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