MEDIUNIDADE – A EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA.
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas
línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que falassem.” (Atos 2:1,4)
“A
mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo
Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra.[...]
Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio
da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena,
enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência,
sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela
face do mundo”. (Emmanuel, O Consolador, 15. ed., perg. 382).
"Não
sabemos senão em razão da nossa faculdade de recepção". (PITÁGORAS –
Contra Capa do Livro – As Noúres – Pietro Ubaldi)
9.1 -
A MEDIUNIDADE NO TEMPO
O fenômeno mediúnico
é de todos os tempos e ocioso seria mostrar, num estudo simples, o papel que
lhe cabe na gênese de todos os caminhos religiosos.
Importa anotar,
porém, que os povos primitivos, sentindo a influência dos desencarnados a lhes
pesar no orçamento psíquico, promovem medidas com que supõem garantir-lhes
segurança e tranqüilidade no reino da morte.
Egípcios,
assírio-caldeus, gregos, israelitas e romanos prestam-lhes homenagens e
considerações.
E para vê-los e
ouvi-los conservam consigo certa classe de iniciados característicos.
Equivalendo aos
médiuns modernos, havia sacerdotes em Tebas, magos em Babilônia, oráculos em
Atenas, profetas em Jerusalém e arúspices em Roma.
Administrações e
cometimentos, embaixadas e expedições, exércitos e esquadras movimentam-se,
quase sempre, sob invocações e predições.
A civilização
faraônica adquire mais largo esplendor, ao pé dos túmulos.
A comunidade
ninivita consulta adivinhos e astrólogos.
Especifica a
tradição que a alma de Teseu, em refulgente armadura, guiava as legiões
helênicas, em Maratona.
Conta o Velho
Testamento que dedos intangíveis escrevem terrível sentença no festim de
Baltasar.
A sociedade patrícia
celebra as festas lemurianas, com o intuito de apaziguar os Espíritos errantes.
Contudo, quase todas
as manifestações de intercâmbio, entre os vivos da Terra e os vivos da
Espiritualidade, evidenciavam-se mescladas de sombra e luz.
No delírio de
simbolos e amuletos, em nome dos mortos, estimulavam-se preces e libações,
virtudes e vícios, epopéias e bacanais.
Com Jesus, no
entanto, recolhe o homem o necessário crivo moral para definir
responsabilidades e objetivos.
Em sua luminosa
passagem, o fenômeno mediúnico, por toda parte, é intimado à redenção da
consciência.
[...] E
continuando-lhe o ministério divino, dispomos hoje, na Terra, da Doutrina
Espírita a restaurar-lhe as lições como força que educa o fenômeno psíquico,
joeirando-lhe as expressões e demonstrando-nos a todos que não bastam
mediunidades fulgurantes, endereçadas ao regozijo da inteligência, no palanque
das teorias ou no banquete das convicções, e sim que, sobretudo, é inadiável a
nossa purificação de espírito para o levantamento do Bem Eterno.(F.C.Xavier –
Espírito Emmanuel – RELIGIAO DOS ESPÍRITOS - Cap. Fenômeno Mediúnico – Pág. 149
– 5 ed. – FEB)
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