AURA
HUMANA
Considerando-se toda
célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a
usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares
emitam radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias
funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de
força”, em torno dos corpos que as exteriorizam.
Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos
se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza.
No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e
modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às
emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o
conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas,
duplicata mais ou menos radiante da criatura.
Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o
homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens
de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros
que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que
demanda. (F.C.Xavier – Espírito André Luiz – EVOLUCAO EM DOIS MUNDOS - Cap.
XVII – Mediunidade e corpo espiritual – Pág. 129 - 8 ed. – FEB)
- MEDIUNIDADE INICIAL
A aura é, portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias,
antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida
que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas Inteligências
Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e
hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição
inferior à nossa.
Isso porque
exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de
pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para as simpatias ou
repulsões fundamentais.
É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça
fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram
todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como
atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do
corpo físico.
[...] Pelas ondas de
pensamento a se enovelarem umas sobre as outras, segundo a combinação de
freqüência e trajeto, natureza e objetivo, encontraram-se as mentes semelhantes
entre si, formando núcleos de progresso em que homens nobres assimilaram as
correntes mentais dos Espíritos Superiores, para gerar trabalho edificante e
educativo, ou originando processos vários de simbiose em que almas
estacionárias se enquistaram mutuamente, desafiando debalde os imperativos da
evolução e estabelecendo obsessões lamentáveis, a se eslastecerem sempre novas,
nas teias do crime ou na etiologia complexa das enfermidades mentais.
A intuição foi, por esse motivo, o sistema inicial de intercâmbio, facilitando a comunhão das
criaturas, mesmo a distância, para transfundi-las no trabalho sutil da
telementação, nesse ou naquele domínio do sentimento e da idéia, por intermédio
de remoinhos mensuráveis de força mental, assim como na atualidade o remoinho
eletrônico infunde em aparelhos especiais a voz ou a figura de pessoas
ausentes, em comunicação recíproca na radiotelefonia e na televisão.
(F.C.Xavier – Espírito André Luiz – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Cap. XVII – Mediunidade
e corpo espiritual – Pág. 130 - 8 ed. – FEB)
Esmagadora maioria
dos estudantes do Espiritismo situam na mediunidade a pedra basilar de todas as
edificações doutrinárias, mas cometem o erro de considerar por médiuns
tão-somente os trabalhadores da fé renovadora, com tarefas especiais, ou os
doentes psíquicos que, por vezes, servem admiravelmente à esfera das
manifestações fenomênicas.
Antes de tudo, é
preciso compreender que: tanto quanto o tato é o alicerce inicial de todos os
sentidos, a intuição é a base de todas
as percepções espirituais e, por isso mesmo, toda inteligência é médium das
forças invisíveis que operam no setor de atividade regular em que se coloca. (F.C.Xavier
– Espírito Emmanuel - ROTEIRO – pág. 115 - 10a
ed.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário